segunda-feira, 21 de novembro de 2016

IMAGEM DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Imagem do Sagrado Coração de Jesus que pertenceu a Dona Lucília Corrêa de Oliveira, e que se encontra no quarto em que ela habitou, na capital paulista. Imagem artesanal de origem francesa, sem grande valor artístico, mas muito expressiva, que servia a Dona Lucília como reflexo da bondade do Sagrado Coração, ao qual ela devotava grande piedade. Dizia seu filho, Plinio Corrêa de Oliveira, que tal imagem era o analogado primário de todas as devoções dela.

O que essa imagem do Sagrado Coração de Jesus torna patente aos nossos olhos? Quando a pessoa é tocada por uma graça, ela apresenta muito bem a certeza de que Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus.
Nosso Senhor está tão bem representado, tão ereto; o busto e o porte d’Ele tão varonis, tão sérios, próprios a quem pensa em tudo com seriedade para ver a realidade das coisas. É a própria imagem da certeza. O conjunto revela a amplitude das grandes visões do universo e de tudo quanto existe.
O cabelo d’Ele divide a cabeça em duas partes, parecendo marcar uma simetria universal no mundo onde tudo se pode ver em dois aspectos afins, mas distintos, e que constituem uma harmonia superior.
O cabelo cai ao longo da cabeça e sobre os ombros mansamente, lisamente; em uma ordem perfeita, impecável, suave. Tão acolhedora e tão afável, que não há um fio que não esteja bem posto.
O olhar dirigido ao observador é cheio de convicções e de reflexões, que se acumularam num prodigioso depósito de certezas, comunicando-se estas às outras que Ele vai deduzindo.
Tudo isso se passa num plano tão alto, tão extraordinário, que Ele se manifesta ao mesmo tempo como verdadeiro rei e verdadeiro mestre.
Rei por excelência é Ele. Não porque tem o hábito de mandar, nem porque os outros reconhecem n’Ele o direito de mandar, mas por sua própria essência. É rei na sua essência, independente do que os demais pensem ou não pensem, queiram ou não queiram.
Mestre por excelência é Ele, que ensina uma verdade perfeita, total, a respeito da qual não há nada a dizer, senão: “Sim, adoro-Vos!
(*) Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 14 de março de 1993. Sem revisão do autor.